quinta-feira, 22 de maio de 2008

Alzheimer


A doença de Alzheimer ou mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, degenerativa, caracterizada por uma perda das faculdades cognitivas superiores, manifestando-se inicialmente por alterações da memória episódica. Estes défices amnésicos agravam-se com a progressão da doença, e são posteriormente acompanhados por défices visuo-espaciais e de linguagem. O início da doença pode muitas vezes dar-se com simples alterações de personalidade, com ideação paranóide.A doença de Alzheimer geralmente afeta as pessoas acima de 65 anos. Quanto mais velha a pessoa maior a probabilidade de desenvolver a doença. Todos os tipos de pessoas estão sujeitas a esta doença. Nenhuma profissão, nível de escolaridade ou raça está imune. Em casos raros, a doença de Alzheimer pode ser uma doença familiar. Em outros, apenas uma pessoa da família é afetada.

Causa:

A causa é desconhecida.
O que se sabe é que existem algumas alterações no cérebro:
· Formação de feixes de uma proteína chamada Betaamilóide nos neurônios, chamadas de Placas Senis ou Placas Neuríticas.
· Degeneração da estrutura interna dos neurônios.
· Diminuição do Neurotransmissor chamado Acetilcolina no cérebro.
· Aumento da concentração de Alumínio no cérebro.
(Existem dúvidas se essas alterações são a causa ou a conseqüência da Doença de Alzheimer.)
Teorias sobre o aparecimento dessas alterações:
· Alterações nos cromossomos 19 ou 21. Alteração em cromossomo não significa que os filhos terão a doença.
· Alterações ainda desconhecidas do ciclo de vida dos neurônios, que teriam vida mais curta que em outras pessoas.
· Alterações do metabolismo de Alumínio ou Mercúrio no organismo, que tenderiam a se acumular nos neurônios, (embora, conforme dito acima, não se sabe se isso é causa ou conseqüência).
· Uma agressão do organismo contra os próprios neurônios, um fenômeno chamado em Medicina de "Autoimune".
· Aumento de Homocisteína no sangue.



Sintomas:


- Perda de memória;
· - dificuldade de abstração e planejamento: a pessoa não consegue controlar as finanças, prosseguir na leitura de um livro ou acompanhar um jogo de cartas;
· dificuldade de linguagem: pode aparecer também dificuldade para encontrar palavras quando os objetos são apontados e há uma falsa impressão de dificuldade em reconhecer pessoas porque os nomes são trocados;
· dificuldade de orientação temporal: ainda no início da doença, a pessoa tem problemas para saber qual é o dia do mês. Com a progressão da doença o sintoma se acentua, fazendo com que o período do dia seja confundido. Isso mais a dificuldade de memória fazem com que o almoço ou jantar seja solicitado várias vezes;
· dificuldade de realizar tarefas simples: como escolher a roupa adequada ou tomar banho;
· desorientação espacial para percorrer trajetos conhecidos ou localizar-se nos lugares.
· alteração do comportamento: o mais comum é a agitação, mas pode também haver agressividade. A pessoa pode ter delírios, por exemplo, achar que está sendo roubada ou perseguida por alguém. Mais raramente, mas ainda assim de modo bastante comum, pode haver alucinações, onde o doente vê pessoas ou ouve vozes. Essas alterações podem acontecer a qualquer hora, mas muitas vezes são mais intensas ou só se manifestam da metade para o final da tarde. Outra alteração freqüente é a tendência a andar de um lado para o outro sem objetivo.
· alteração do apetite: em geral, com tendência a comer de modo exagerado;
· alteração do sono: insônia e agitação durante a noite.

Tratamento:
No começo é possível diminuir a velocidade da doença, obter melhora de memória e estabilidade do comportamento (que já teve um parente com Alzheimer sabe como isto é importante).
Atualmente os medicamentos mais eficazes são os Inibidores da Acetilcolinesterase. Viitaminas e Gingko Biloba podem ser úteis (desde que com a medicação específica). Anti-inflamatórios e a Reposição Hormonal com estrógenos não são mais usados.
Alguns cuidados são úteis:
· Ambiente calmo e com estímulos positivos.
· Manter as coisas sempre arrumadas da mesma forma, ambiente conhecido, para evitar desorientação maior ainda.
· Não deixar o paciente sair sozinho (para não se perder).
· Vida saudável: não fumar, não beber, fazer caminhadas, ter uma ocupação mesmo que rotineira e repetitiva.
· Exercícios para memória. Por exemplo: palavras cruzadas, contas matemáticas, contar para a família o que o noticiário de TV mostrou, resumir o que leu no jornal, como foi o capítulo da novela, jogos de memória para crianças, etc. A família deve usar a imaginação. Avós adoram jogar joguinhos de memória com netos (os pais agradecem).
· Manter uma luz fraca acesa à noite. Se o paciente acordar saberá onde está.
· Cartão com identificação, nome e telefone de familiares, etc.
· Tirar objetos de valor da casa. Provavelmente pessoas estranhas ajudarão a cuidar do paciente.
· Retirar tapetes soltos e móveis baixos.
· Barras de segurança nos banheiros e ao lado da cama.
· Cadeira plástica para o chuveiro
· Caprichar na higiene inclusive oral.

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